Um consolo para todas as mulheres que já choraram depois de um pé na bunda, aguentaram um namorado cafajeste ou sofreram por qualquer outro motivo amoroso: não estamos mais sozinhas. A dor de cotovelo chegou com tudo aos corpos (e almas!) dos homens
Sofrer em silêncio por um amor não correspondido, esperar pacientemente pela indecisão do outro ou querer uma relação por inteiro, mas se contentar com uma pela metade para não ficar sem nada... Essas situações, que já fizeram muita mulher devorar barras e barras de chocolate, passam a fazer cada vez mais parte do universo masculino.
Acostumados a serem os vilões das histórias de amor, causadores das desilusões, eles se transformaram em mocinhos indefesos, que choram e sofrem nas mãos de arrebatadoras de coração. Desde 2008, tomamos iniciativa em 71,7% das separações no Brasil, segundo o IBGE. Eles agora têm mais motivos do que a gente para passar a noite em frente à TV vendo comédias românticas (ou seriam lutas de MMA?), com um pote de sorvete (ou copo de cerveja) na mão e se debulhando em lágrimas. "Pela primeira vez em minha carreira, tenho mais pacientes homens do que mulheres. Os problemas são sempre os mesmos: relacionamento e falta de comunicação com as parceiras", afirma o terapeuta americano Phil Stutz, autor do livro O Método (Editora Fontanar). Os dilemas nos são bem familiares: caras abandonados sem saber como agir, outros que prometem nunca mais se apaixonar e os conformados com relacionamentos meia-boca.
Mas isso tudo não significa que viramos vilãs-torturadoras-emocionais. Não estamos mais más, apenas exigentes. Sorry, boys, vão ter de se adaptar. E, se tudo der errado, não tenham vergonha de chorar, sofrer, surtar, como Álvaro, Fábio, Thiago, Kléber e Leandro.
Fonte- Revista Nova
Música- Onde Anda Você
Vinicius de Moraes
E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares, que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Onde anda você?
By. Elizabeth França